Comissão do Esporte
(Audiência Pública Extraordinária (semipresencial))
Em 28 de Setembro de 2021 (Terça-Feira)
às 16 horas
| Horário | (Texto com redação final.) |
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16:05
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Boa tarde a todos.
Declaro aberta a presente reunião de audiência pública que está sendo realizada em atendimento ao Requerimento nº 47, de 2021, de minha autoria, Deputado Fábio Mitidieri, para debater a realização dos Jogos Escolares Brasileiros — JEBs de 2021, que acontecerão entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro deste ano no Parque Olímpico do Rio de Janeiro.
Tenho a honra de anunciar que foram convidados para esta audiência pública e estarão participando por meio de plataforma virtual o Sr. Marcelo Magalhães, Secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania; o Sr. Antônio Hora Filho, Presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar — CBDE; a Sra. Fabíola Molina, Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério da Cidadania; o Sr. Gilberto Godoy Filho, o Giba, atleta olímpico e Embaixador do JEBs; a Sta. Sofia Luce Melo Carvalho, atleta escolar de ginástica rítmica; o Sr. Hélcio Fernandes de Oliveira, Diretor Financeiro do Colégio Amorim; o Sr. José Edmar Santiago Melo Júnior, Secretário de Esporte do Acre e Vice-Presidente do Fórum de Gestores Estadual de Esportes; o Sr. Jefferson Carvalho Neves, Secretário-Adjunto de Esportes de Mato Grosso Região Centro-Oeste, que representa o Fórum de Gestores Estadual de Esportes; o Sr. José Reinaldo Cajado Azevedo, Presidente da Federação Acreana de Desporto Escolar — FADE; e o Sr. Miller Borvão Samorio, treinador de atletismo e futsal da Escola Municipal Polo Indígena Mbo'eroy Guarani Kaiowá.
Antes de passar às exposições dos nossos convidados, esclareço os procedimentos a serem adotados na condução desta audiência pública.
Os convidados deverão limitar-se ao tema em debate e disporão de 10 minutos para suas apresentações, não podendo ser interrompidos. Após as exposições, serão abertos os debates. Os Deputados interessados em fazer perguntas ou considerações sobre o tema deverão inscrever-se previamente por meio do aplicativo Infoleg ou solicitar pela plataforma virtual. A palavra lhes será concedida, respeitada a ordem de inscrição, pelo prazo de 3 minutos. Os palestrantes disporão do mesmo tempo de até 3 minutos para a resposta. No final do debate, cada convidado terá até 3 minutos para suas considerações finais.
Comunico que esta audiência pública está sendo transmitida pelo portal da Câmara dos Deputados e que todos podem participar por meio de perguntas dirigidas a esta Mesa pelo portal e-Democracia.
Informo também que as apresentações em multimídia serão disponibilizadas para a consulta na página eletrônica da Comissão após a reunião.
Antes de passar a palavra ao primeiro convidado, quero agradecer a todos pela oportunidade de estarmos hoje debatendo o JEBs, um evento muito importante para a nossa juventude, para os nossos amantes do desporto. Eu tive a alegria e a oportunidade de jogar nos JEBs e JUBs e sei o quanto isso é importante na vida dos jovens atletas. E há essa sensação de retomada no pós-pandemia, de volta à normalidade, de poder voltar a ter esse contato, mesmo com todos os mecanismos de preservação e de cuidados que são necessários, mas isso é o que o esporte e o mundo precisam neste momento. Portanto, eu fico muito feliz de ver o JEBs dar esse salto e essa oportunidade a nossa juventude.
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16:09
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Inicialmente, eu quero externar a imensa satisfação de poder estar hoje participando desta audiência para tratar de um tema que consideramos de suma importância para o desenvolvimento da sociedade brasileira, não apenas para o esporte, não apenas para o esporte educacional, por entendermos, como já disse o nobre Deputado, que, no momento em que passamos por uma grande dificuldade na humanidade, em que a própria existência da humanidade foi colocada à prova, quando tivemos que modificar a nossa maneira de viver, quando abrimos mão de algo muito importante que é o contato social, quando tivemos de ficar isolados todos em nossas residências, eis que surge a oportunidade de darmos o pontapé inicial para a retomada das nossas atividades presenciais, para que possamos voltar a interagir socialmente. E não poderia ser por meio de outra ferramenta a não ser o esporte, e, sendo o esporte e se tratando de um recomeço, teria, sim, que ser reiniciado, fortalecendo a base no esporte que é, indiscutivelmente, o esporte escolar.
Para abrirmos o tema JEBs, eu gostaria aqui de recordar, Deputados e demais convidados, a ocasião em que a CBDE ousou apresentar esse projeto a uma equipe que estava assumindo a responsabilidade de conduzir as políticas públicas do esporte no Brasil.
Eu me recordo da solenidade de posse do nosso Secretário Marcelo Magalhães. A CBDE, de tanto bater na porta de tantos outros que o antecederam — fazendo justiça àqueles que muito contribuíram para o desenvolvimento do esporte —, de certa forma se sentia um tanto quanto desprestigiada em relação aos valores, aos orçamentos que eram dispensados ao desenvolvimento do esporte.
É comum ouvirmos nos discursos de todos os entendidos a máxima de que o esporte se inicia na escola, que é a base da pirâmide, e por isso deveria receber o maior volume de recursos, mas a prática sempre foi diferente do discurso. E naquela ocasião da posse do nosso Secretário Marcelo, nós observamos um discurso muito alinhado com os conceitos que entendemos serem os corretos para o desenvolvimento do esporte e da cidadania, quando o Marcelo declarou que a sua gestão estaria voltada para pagar um débito social, para pagar um débito histórico que o Governo Federal tinha com a base do esporte, o esporte educacional. E ele não se limitou ao esporte escolar. Ele também deu abrangência ao esporte universitário, dizendo que a sua plataforma estaria baseada no esporte educacional.
Eu aqui confesso que nós não estávamos mais dispostos a acreditar em novos discursos que as práticas não comprovavam, mas sentimos certa sinceridade e decidimos confiar mais uma vez.
E essa decisão nos impulsionou a elaborar um projeto audacioso de retomada dos JEBs por entendermos que a chama não havia se apagado.
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16:13
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Esse projeto foi apresentado a uma equipe em que estavam a Fabíola Molina, o Secretário Especial Adjunto André Alves e o Marcelo Magalhães. Nessa ocasião, a CBDE fez a explanação de motivos e apresentou um simples Power Point para passar a ideia do que representam os JEBs para o Brasil e para o esporte brasileiro. De imediato, o Secretário acatou a sugestão. Ao retornarmos a Aracaju, porque eu resido lá, fomos surpreendidos com a postagem do próprio Secretário nas suas redes sociais dizendo que ele já havia lançado a retomada dos JEBs. Eu achei aquilo, naquele momento, um absurdo: ora, eu estava propondo essa retomada e, de imediato, o Secretário lançou nas mídias sociais?! Eu fui até pouco experiente, liguei para o Secretário e perguntei: Secretário, o que está acontecendo? Eu não acredito. Como o senhor fez isso? Aí ele disse: "Presidente, acredito na proposta, levei ao Presidente da República, levei aos políticos que me dão suporte, e eles, de imediato, identificaram que essa será, sim, a base da nossa plataforma esportiva". E, agora, não apenas o Ministério da Cidadania e a Secretaria Especial do Esporte, mas também o Governo Federal já elege os JEBs como sendo um projeto prioritário de governo. Isso muito me emocionou e muito me levou a motivar todos aqueles que, dentro do sistema, estavam desanimados.
E nós estamos aqui hoje, a 30 dias da abertura dos Jogos Escolares Brasileiros, com a crença e com o estímulo de realizarmos um grande evento, não só de esporte, mas também de confraternização. Nós queremos colocar um marco na história do esporte brasileiro com a retomada dos JEBs, com o apoio do Governo Federal, dos governos estaduais, dos Secretários de Esporte, dos Presidentes de Federações do Desporto Escolar estaduais, dos atletas, dos embaixadores, das escolas, dos professores e, principalmente, dessa juventude, que está carente de retomar suas atividades.
Pesquisas recentes apresentam um crescimento muito preocupante das taxas de doenças entre os jovens, entre as quais a depressão, que ocasiona até, infelizmente, tentativas de suicídio e outras consequências danosas. Nós sabemos — e todos que militam no esporte sabem — que o esporte pode, sim, se apresentar como uma ferramenta de fortalecimento dos laços de proteção social, de contribuição para a formação da cidadania e principalmente de envolvimento desses jovens e dessas crianças em uma atividade saudável, agregando os valores do esporte.
Eu vou limitar a minha fala a fazer esse histórico de como chegamos até aqui, mesmo porque, na sequência, a Secretária Fabíola Molina fará a apresentação do projeto dos JEBs.
Tenho certeza de que o próprio Secretário Especial tem muito a agregar. Mas quero dizer a todos a satisfação pessoal e institucional, porque a CBDE vem trabalhando intensamente para aproveitar o momento de hoje. Estamos a 30 dias da abertura do grande evento que colocará um marco, um divisor de águas na história do desenvolvimento esportivo em nosso País.
Não podemos deixar de agradecer a colaboração dos Parlamentares que sempre acreditaram no desporto educacional e na CBDE, e aqui não poderíamos estar mais bem representados. O Deputado Fábio Mitidieri apadrinhou essa causa por ser ex-atleta educacional. Ele ainda é atleta, tenista, mas foi atleta educacional, ex-atleta de JEBs, ex-atleta de JUBs, gestor esportivo municipal, gestor estadual. Então ele tem o olhar ainda do desportista, mesmo sendo Parlamentar. Sem sombra de dúvida, é a nossa grande voz no Parlamento nacional.
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16:17
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Eu quero agradecer, Deputado, não só por essa oportunidade de estarmos hoje reunidos falando do JEBs, mas por tudo que o senhor representa para o desenvolvimento da nossa entidade e do nosso desporto educacional nacional.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Queria agradecer as palavras do Presidente Antônio Hora Filho, este grande amigo, grande colega, baluarte do desporto escolar brasileiro. Tive a oportunidade de conhecer o Hora como treinador; tive a oportunidade de conhecer o Hora como dirigente e como Secretário de Esporte. Enfim, há muitos anos, acompanho toda a carreira do Secretário Antônio Hora Filho, hoje, Presidente da CBDE. Embora sejamos muitos jovens — não é, Hora? —, temos muitos anos juntos de caminhada. Agradeço as suas palavras.
Antes de passar a palavra ao nosso Secretário Nacional Marcelo Magalhães, já queria fazer também uma justa homenagem.
O Marcelo, depois que chegou à Pasta, encontrou uma pasta muitas vezes desmotivada. Nós tínhamos um Ministério; havia uma pressão natural das pessoas que acompanham a Comissão do Esporte, dos amantes do esporte, das pessoas que defendem essa bandeira pela retomada do Ministério do Esporte; e é uma bandeira que continua viva, Marcelo — queria deixar isso muito claro. Nós continuamos lutando pela valorização do esporte, e a valorização não é apenas orçamentária, o que é importante, mas é também simbólica, pelo simbolismo do Ministério do Esporte.
Você chegou a essa Pasta, enfrentou dificuldades e tem conseguido grandes resultados. Isso mostra a sua capacidade como gestor. Independentemente de corrente política, de qualquer tipo de situação que fuja do mundo do esporte, não há como negar que a sua gestão exitosa tem trazido resultados positivos não apenas para o alto rendimento mas também para o esporte de base, que é tão importante ao nosso País, e mais ainda agora, neste momento de retomada não apenas da economia, mas da vida como um todo.
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16:21
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O SR. MARCELO MAGALHÃES - Boa tarde a todos. Boa tarde ao Vice-Presidente da Comissão, o Deputado Fábio Mitidieri, ao Antônio Hora Filho, à Fabíola Molina e a todos os presentes na audiência pública.
Deputado Fábio, é uma responsabilidade muito grande falar depois do Hora — não é? —, porque o Hora gosta de fazer as pessoas chorarem. Ele tem esse dom e essa mania. Eu acho que isto daí vem de Aracaju, vocês fazerem as pessoas se emocionarem.
Vamos fazer um breve resumo de tudo que o Hora comentou. Tudo que o Hora afirmou ali foi verdade. Eu acho que fui tomado pelo impulso emocional de, naquele momento, ter feito o post — não é, Hora? —, trazendo o anúncio da volta dos JEBs. Mas os JEBs são tudo em que eu acredito, o esporte educacional é tudo em que eu acredito. É difícil falar.
(O orador se emociona.)
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Uma salva de palmas para o nosso Secretário, que está merecendo!
(Palmas.)
Esse é um tema pelo qual eu sou apaixonado e ele representa muito para mim. Eu acho que o esporte não começa em nenhum lugar do mundo, eu canso de repetir isso, nem no clube nem na academia, ele começa na escola. Em todas as grandes potências mundiais hoje, quanto ao esporte de alto rendimento, se pegarmos o quadro de medalhas e fizermos um comparativo, ele começou na escola. O único lugar que o esporte não começava na escola era no Brasil. Isso mexia comigo, porque morei 1 ano e meio nos Estados Unidos e vi a paixão que é o esporte educacional americano. Eu não conseguia entender por quê. Durante muito e muito tempo, abandonamos essa plataforma. Eu acho que deveríamos fortalecer essa plataforma. Nós a abandonamos! Ela é o começo de tudo!
Quando o Hora me apresentou o projeto, eu me remeti aos meus tempos de atleta educacional, que disputava na Copa DanUp, que disputava no Intercolegial no Rio de Janeiro, e eram coisas assim que eu tenho em casa: camisas, bonés, medalhas. E me veio uma lembrança muito forte de um cara chamado Manoel Tubino, que foi uma referência no desporto educacional no País. Foi ele que me deu minha bolsa universitária para estudar na Universidade Gama Filho.
Nós temos que trazer isso de volta. Temos que fazer essa chama reacender e voltar. Precisamos entender a importância disso. Eu venho vivendo isso há 1 ano e 3 meses — o Hora é testemunha.
São brigas diárias, são brigas mensais para que isso saia. E eu tenho certeza de que, depois das Olimpíadas do Rio de Janeiro, esse será o maior evento brasileiro. Não há outro, pelo número de participantes, pelo engajamento da CBDE, pelo fantástico trabalho que a Fabíola Molina está fazendo — a equipe está toda hoje aqui respirando e vivendo os JEBs.
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16:25
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Desculpem, mas participar desta audiência pública para mim é até um desabafo. Faz 17 anos que as pessoas ficaram sem essa plataforma. Não podia mais. Eu acho que nós não tínhamos mais nenhuma resposta para dar à sociedade que não fosse esta: esse engajamento, esse amor, esse carinho.
Deputado Fábio, é muito mais do que um político, do que um gestor. Aqui está um ser humano falando do que essa plataforma representa para o País hoje. O Presidente já entendeu. Eu digo que, no esporte, nós não temos muito essas bolas divididas. Apesar de cada um ter o seu lado, o seu lado partidário, o esporte é altamente republicano. Ele congrega, une, trás todo mundo para a mesa. É uma conversa gostosa que não tem divisão política.
Então, eu estou aqui para receber todos, para conversar com todos, para dialogar com todos em prol de um planejamento estratégico melhor para o País. Eu acho que o esporte brasileiro vai viver um momento muito oportuno. Ele vai se dividir entre antes dos JEBs e depois dos JEBs.
Hoje nós pensamos no educacional como política pública, como política efetiva pública. É tanto que nós vimos conversando com o Presidente sobre a possibilidade... O Hora e o Luciano sabem, bem como a CBDE quanto a CBDU.
Eu acho que nós precisávamos inverter a base da pirâmide, Deputado Fábio. Pela primeira vez no País, nós estamos tendo a oportunidade de inverter a base da pirâmide no educacional em um ano em que vamos ter os JEBs. Em 2022, vamos ter o Sul-Americano e, em 2023 — nós acabamos de voltar da Sérvia com esta certeza —, vamos ter os Jogos Mundiais Escolares no Brasil.
Eu acho que isso é espetacular para a cadeia como um todo. Nós, aqui na secretaria, temos procurado dar voz às pessoas que precisam dessa voz.
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Eu quero agradecer-lhe, Marcelo. Foi muito importante ouvi-lo e ver a sua emoção, algo que só o esporte pode promover. Na gestão pública, o esporte pode emocionar e pode trazer alegrias que são difíceis de explicar. Nós podemos ter vários adversários dentro das quatro linhas, dentro do ambiente do esporte, mas, quando saímos da área do jogo, nós temos que nos unir. O esporte é uma bandeira que precisa de união, é uma bandeira em que se tem muito que conquistar ainda.
Falar de esporte sem orçamento é só discurso. Nós precisamos trabalhar muito para dar orçamento ao esporte para que se possa promover as políticas públicas necessárias para este País, e ninguém vai fazer isso só com oratória. Nós vamos precisar de um trabalho muito forte no Congresso para dar condições, Secretário, para que se possa fazer um trabalho ainda melhor e mais amplo. Pode ter certeza disso, de que a nossa luta diária, de todos os que fazem a Comissão do Esporte, é para construir uma qualidade de vida melhor para os brasileiros por meio do desporto, porque o esporte educa, o esporte ensina valores de vida, ensina valores que muitas vezes nós não conseguimos ter na rua ou até mesmo em casa, e o esporte disciplina. Então, é muito fácil: o esporte é saúde e é muito mais do que isso.
Parabéns pelo seu trabalho, pela sua forma de atuar! Isso é notório, porque V.Sa. vê os seus colegas também dando esse testemunho.
A SRA. FABÍOLA MOLINA - Fique tranquilo, eu não vou precisar disso tudo, não. Boa tarde, Deputado Fábio Mitidieri, eu agradeço muito pelo convite para esta audiência pública, que trata de um tema tão importante.
Boa tarde ao nosso Secretário Especial Marcelo Magalhães, que nos dá a oportunidade de estar trabalhando nessa plataforma tão emocionante, tão importante e tão transformadora. Obrigada, Secretário Marcelo, por todo o trabalho e toda a fé, porque realmente nós precisamos ter a parte operacional e a parte das entregas, mas, se nós não tivermos o coração, nada faz sentido. Esse amor que é envolvido no esporte é o que faz as coisas girarem e faz tudo ter sentido. Então, eu agradeço pelos valores que você aprendeu no esporte e que hoje são traduzidos na sua gestão, de agregar o time e conseguir conduzir essa Pasta, que não é fácil, com tantos desafios. Então, aqui está o meu muito obrigado, Secretário Marcelo.
Quero saudar o nosso Presidente da CBDE, Antônio Hora, que vem fazendo um magnífico trabalho. Nós nos sentimos muito confortáveis e muito confiantes de tê-los, principalmente como parceiros executores desse grande evento. É um desafio muito grande você fazer uma competição dessas no Brasil, com crianças de 12 a 14 anos, em anos pandêmicos, de tantos desafios.
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É preciso ter muita coragem e também é preciso de uma equipe muito grande por trás. Nós sabemos que o pessoal da CBDE trabalha muito. Então, eu agradeço em nome do Presidente Hora também toda a equipe da CBDE, que vem trabalhando arduamente para o acontecimento dos JEBs com a maior segurança e com o maior sucesso possível.
Eu gostaria aqui de saudar também o Júnior, que é hoje Vice-Presidente do Fórum dos Secretários de Esportes do Acre. Ele foi eleito nas últimas eleições e vai fazer a gestão junto com a Mariana, com a Gisele do DF e com todos os outros. Eu acho que o Fórum é muito coletivo, e nós sabemos a importância de todos vocês na realização desses jogos também, porque, se não são os Estados, não temos uma participação em âmbito nacional. Então, nós agradecemos pelo esforço que vem sendo feito.
Também já saúdo o José Reinaldo, que é Presidente da Federação Acreana de Desporto Escolar, porque nós sabemos que é importante a união entre a Federação do Desporto Escolar e os Estados, principalmente com esse braço executor. Então, nós lhe agradecemos também.
Agradeço ao Hélcio, Diretor Financeiro do Colégio Amorim. Obrigada por estar aqui contribuindo com tanta experiência que o senhor nos traz.
Eu gostaria de saudar o Miller, que é o treinador de atletismo do polo indígena. Eu estou muito interessada em escutar a sua fala e no seu trabalho com as crianças.
Gostaria aqui de saudar a nossa atleta Sofia, que é muito importante, porque nós fazemos isto para vocês. Os atletas são o grande foco de todo o nosso esforço, principalmente as crianças nesta faixa etária de 12 anos a 14 anos, à qual nós estamos nos dedicando nesse evento. Então, muito obrigada, Sofia, pela sua presença.
Giba, um dos nossos maiores embaixadores, um apaixonado pelo esporte educacional, pelas crianças, deixa um legado maravilhoso para todos nós como exemplo. Então, obrigada, Giba.
Não sei se me esqueci de alguém, mas saúdo todos os que estão acompanhando também pela transmissão. O Jefferson está entrando aqui na sala virtual agora. Ele é o Secretário de Esportes de Mato Grosso e também é o Vice-Presidente do fórum como um todo e Presidente no Centro-Oeste. Oi, Jefferson, boa tarde.
Eu acho que cada pessoa realmente tem uma participação especial e consegue contribuir de forma importante na realização desse evento.
Eu vou passar aqui uma apresentação, já que o Presidente me deixou a honra de apresentar o JEBs. A minha Secretaria, Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, inclui toda essa plataforma do esporte educacional — é uma grande responsabilidade. Eu vou compartilhar a tela aqui.
(Segue-se exibição de imagens.)
Como já foi falado, os JEBs vão acontecer agora no dia 29 de outubro. Hoje é dia 28 de setembro, então temos apenas 1 mês para esse grande evento — hoje estamos na contagem regressiva. Há muita coisa para nós finalizarmos, mas grande parte já está organizada, e nós ficamos felizes que o evento está se aproximando. Já vai dando aquele friozinho na barriga. Nós vamos chegando perto da competição e, como gestores, trazendo essa retomada, ficamos na ansiedade do impacto realmente que essa competição vai ter na vida de tantas crianças e de tantas famílias.
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Aqui trazemos um pouquinho do que aconteceu nas edições de 1976 a 2004 e como os jogos foram se tornando uma referência nacional. O Secretário Especial Marcelo já trouxe a informação de como nós vivemos isso, de como isso deixou de acontecer nestes últimos anos. Fica um gap, essa lacuna, ao não se estimular, de repente, da forma como deveria ser e de se conseguir retomar realmente essa plataforma.
Aqui trago os anos de competição. Quando falamos sobre o JUBs, que vai acontecer também aqui em Brasília daqui a 2 semanas, eu trouxe as datas, o pessoal disse: "Nossa, consegui ver os anos em que eu competi no JUBs". Estou trazendo aqui as edições do JEBs, porque conseguimos ver de qual participamos. Eu, por exemplo, participei das edições de 89 e 90, que foram inclusive aqui em Brasília. Então, quem participou dos JEBs dê uma olhadinha, anote, para depois compartilhar conosco de qual edição participou.
Como o Secretário e o nosso Presidente Hora disseram, o esporte é a chama, o esporte é esperança, o esporte traz esperança, o esporte respira esperança. É aquela chaminha que não se deixa morrer porque se acredita naquilo. O logo ou essa comunicação visual do JEBs hoje traz esses valores do evento em si, que é a esperança, que são os caminhos formados através do esporte, e o nosso território, que é meio o mapa do Brasil, a honra realmente de podermos ser brasileiros e de nos orgulharmos disso.
Novamente, destaco a importância dessa retomada. Quero parabenizar novamente aqui o Secretário Especial Marcelo e o Presidente Hora, que acreditam nisso. E mesmo com todas as dificuldades, vamos realizar esse grande evento.
Aqui é um diferencial, eu acredito, nessa proposta de realmente trazer todos os Estados da Federação. E gostaria de agradecer novamente o trabalho do pessoal do Fórum e dos Secretários. Está sendo difícil neste momento pandêmico os Estados se organizarem para conseguir fazer as suas seletivas. Vou passar um eslaidezinho mais para frente sobre como está o andamento dessas seletivas. Se não há os Estados participantes, não há as cidades participando. Se não há os Estados participando, não existe JEBs. Aqui vemos essa grande união do esforço de todos os Estados pela participação e pelo financiamento de se conseguir trazer atletas. Voar do Amazonas para o Rio de Janeiro não é barato. Voar do Acre para o Rio de Janeiro não é barato. Se conseguirmos essa disponibilidade, como o nosso Deputado disse, se tivermos esses recursos para que façamos a competição realmente acontecer, dando oportunidade às crianças que, às vezes, nunca viajariam do Acre, do Amazonas, do Pará, de Roraima para o Rio de Janeiro para uma competição escolar, estaremos fazendo essa inclusão social por meio do esporte, proporcionando e propiciando que essas crianças tenham essa oportunidade.
Estamos realizando com essa faixa etária de 12 anos a 14 anos. Deixaremos as novidades mais para frente. Nesse ponto trazemos o propósito, realmente, do JEBs, que é o de ser essa base inicial da formação esportiva no Brasil. Vejo muito o JEBs como a ponta do iceberg. Há aquele grande evento que aponta, e há toda uma cadeia por baixo, que vai ser desenvolvida nos Estados e nos Municípios, em cada escola, que fará um trabalho com a sua criança.
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16:41
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Pode usar os 2 minutos do Marcelo, os do Hora.
(Risos.)
Então, justamente acho que, se não há aquela competição principal, é muito difícil de você estar objetivando, de você subir ao topo. Os JEBs têm muito esse propósito.
Aqui são as modalidades oficiais. Temos 17 modalidades. É uma variedade bem grande. Vou deixar vocês lerem cada uma delas, senão o meu tempo vai passar dos 12 minutos. Além das modalidades oficiais que vão ser premiadas, vamos ter as modalidades demonstrativas, que não vão ser competições, mas de demonstração, inclusive há algumas novas no programa olímpico, como o skate e a escalada.
A cidade-sede é o Rio de Janeiro. Dentro do anel dos jogos, principalmente no Parque Olímpico, é onde a maioria dos jogos vai acontecer. Neste mapa maior, está a Arena da Juventude, de Deodoro, onde vai acontecer o basquete, e o CEFAN, onde vai acontecer o atletismo. Esses são os dois esportes que vão acontecer, de certa maneira, fora desse anel dos jogos.
Aqui está o anel olímpico e também um pouco dos hotéis dessa região, onde estará a grande concentração de atletas. Vamos usar, dentro do Parque Olímpico, as Arenas 1, 2 e 3, a Arena Jeunesse, o Velódromo, o Centro de Tênis, um overlake com algumas modalidades e o Parque Aquático Maria Lenk.
Aqui estão alguns números dos JEBs. São 17 modalidades; mais ou menos 6.200 atletas com a delegação completa; 7 dias de competição; mais de 8 mil passagens aéreas e alguns outros números importantes dos JEBs pela magnitude desse evento, com destaque para as 46 mil diárias em hotéis, o que também vai estimular a economia da cidade do Rio de Janeiro.
Esse eslaide eu acredito ser importante. São as seletivas que estão sendo realizadas pelo Brasil como um todo. Vemos que a grande maioria já realizou ou está realizando as seletivas. O Amazonas e o Acre estão definindo esse formato das seletivas, e alguns vão optar como se fosse uma indicação, inclusive Distrito Federal, Minas Gerais, Bahia e Paraíba, dentro dos critérios que cada Estado vai escolher de competições passadas e de rankings dos esportes que já realizaram as competições.
Então, esse mapa aqui é muito importante. Agradecemos novamente o esforço de todos os gestores do esporte nesse nível estadual.
Os JEBs são uma grande inspiração para os jovens. Por isso, o Secretário Especial teve a ideia de trazer alguns atletas olímpicos com história inclusive de esporte educacional para serem embaixadores dos JEBs. Já confirmaram: a Mayra Aguiar; o Giba, que vai falar daqui a pouquinho; o Serginho; a Flavinha Saraiva; o André Domingos; a Maurren Maggi; a Jackie Silva; o Daniel Dias; o Nenê Hilário; o Arthur Zanetti; o José Aldo; a Fofão; o Bruno Souza, que é o nosso Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, da Secretaria Especial do Esporte — ele está bem novinho nessa foto.
(Risos.)
Estou brincando. Eu também estou bem novinha nessa foto —; o Falcão; o Zico; a Luísa Parente, que também é a nossa Secretária Nacional na Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, da Secretaria Especial do Esporte; a Helen Luz; o Tiago Camilo; o Joaquim Cruz; a Daiane dos Santos; o Edmilson Moraes; a Rayssa Leal, a nossa skatista de apenas 13 anos, que ganhou uma medalha nas Olimpíadas de Tóquio; o Sandro Dias, do skate também; o Thiago Silva; a Natália Falavigna; a Rebecca Andrade, nossa medalhista de ouro da ginástica; o Emerson Sheik; e o Renzo Gracie. A princípio, esses já estão confirmados. Ainda há alguns a confirmar.
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16:45
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Essas são as ações dos embaixadores, que compartilharão um pouco das suas histórias, das suas vivências, dos seus aprendizados e também ajudarão a divulgar essa plataforma, principalmente porque eles acreditam nessa plataforma educacional. Isso foi importante para eles chegarem aonde chegaram, assim como eu também um dia cheguei às Olimpíadas. Enfim, o importante também não é só chegar às Olimpíadas, mas ter essa formação, essa oportunidade que o esporte nos dá. E eles vão poder fazer todo esse trabalho.
Esse eslaide final traz a importância dos JEBs para o esporte nacional, como entendemos, que é a formação dos cidadãos através dos aprendizados do esporte. Como o Deputado falou, estamos formando cidadãos, e isso é um grande ganho para o País.
Revelamos novos talentos para o esporte nacional, sem dúvida. Estimulamos os professores inclusive a formarem turmas de treinamento específico. Acho que isso é fundamental. Estamos criando essa consciência de que precisamos de mais capacitação dos professores. Isso vai estimular os professores a buscarem ainda mais esse treinamento específico. Estimulamos, como já falamos, os Municípios e os Estados a realizarem os seus jogos escolares regionais, municipais e estaduais. Estimulamos a criação de clubes escolares, com a participação dos pais da comunidade escolar, que é muito importante esse envolvimento como um todo. Tornamos as escolas centros de práticas esportivas permanentes para os alunos e para comunidade, fazendo essa transformação que o Marcelo vem falando, de como conseguimos transformar o nosso País realmente numa potência esportiva. Estimulamos toda a cadeia do esporte escolar brasileiro e, consequentemente, a sociedade brasileira.
Eu não quero me estender muito. Quero deixar a nossa contribuição e também os links das nossas redes sociais para que possam nos seguir. Como estamos falando de jovens, como estamos falando de esporte e de transformação, quem ainda não nos segue, que possam seguir o canal oficial dos JEBs em todas as suas redes: Instagram, Facebook, Twitter, YouTube e TikTok. Também há canais parceiros, tanto da CBDE, quanto da Secretaria Especial do Esporte. Esses são alguns canais para acompanharmos de perto as novidades, divulgarmos e promovermos essa plataforma tão importante e tão transformadora.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Nós que agradecemos, Fabíola, pela bela apresentação. Espero que o tempo tenha sido suficiente.
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Foi uma apresentação muito relevante, porque mostra o que são os JEBs, todo o histórico e a relevância desses jogos e como isso vai se dar no ano de 2021, que vem a ser a retomada mesmo do esporte no Brasil através do desporto escolar, o que é de grande importância. Nós já tivemos a retomada do esporte no mundo através das Olimpíadas, que, mais uma vez, foi o esporte dando uma demonstração de superação. E, agora, isso acontece aqui no Brasil, com os JEBs.
O SR. GILBERTO GODOY FILHO (GIBA) - Obrigado. Boa tarde para vocês. Para mim, é boa noite. Eu estou em Marrocos hoje, e é um prazer enorme estar com todos vocês: Marcelo, Fabíola, Hora, enfim, todos os presentes.
Fábio, eu só tenho a agradecer por tudo que foi criado há muito tempo pelo esporte escolar, para o esporte escolar, para a educação, para a saúde. Isso é o mais importante. A Fabíola colocou muito bem um ponto: a formação para chegarmos às Olimpíadas, que foi o esporte escolar.
Marcelo, eu vou falar direto para você, porque a sua emoção me comoveu desde o dia em que eu o conheci, quando lhe apresentei o meu Projeto Gibinha, contra a obesidade infantil, através da reeducação alimentar dos pais. Você, ao ver o vídeo, já começou a chorar e disse: "Fabíola, eu não quero saber o que você vai fazer, mas dá um jeito. Eu quero esse projeto para ajudar as crianças e as pessoas".
Isso é uma coisa que comove todos nós do esporte. A Fabíola e o Bruno, que estão ao seu lado, são dois atletas olímpicos. Precisamos parar e pensar um pouco: "Quantas vezes isso aconteceu no Ministério ou numa Secretaria do Esporte?" Eu não chamo você de Secretário, Marcelo, eu chamo você de Ministro, desculpa, porque precisamos realmente fazer com que o esporte se transforme de novo em Ministério e que esse Ministério tenha você à frente para mostrar como isso realmente é importante, como o esporte vai fazer com que a saúde melhore, a educação melhore, a inclusão social melhore. Isso realmente é o que vai transformar, como você colocou muito bem.
(Mostra medalha.)
(Mostra medalha.)
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Ela está rindo porque lembrou muito bem dessa história, em 2000, em Sydney. Ela levava o maiô para as atletas poderem nadar profissionalmente. Gente, isso não cabe! Eu conversava com a Fabíola sempre nas Olimpíadas e falava para ela o seguinte: "Fabíola, como os órgãos não fornecem o material necessário para que os atletas tenham a performance necessária para representar o nosso País?" Isso é o mais importante.
Hora, meu amigo, obrigado pela oportunidade. Daqui a pouco eu pego a chave lá de Aracaju, mas vamos com calma.
Marcelo, obrigado por trazer para Aracaju o Projeto Gibinha, porque eu acho que vai ser muito importante esse projeto. Além de tirar as crianças da rua, ele vai tirar a obesidade, vai dar educação, vai dar um cuidado para muitas crianças. São 200 crianças por núcleo que vão ser cuidadas. E o que isso traz? O esporte escolar.
Como o Marcelo colocou muito bem, nós não vamos chegar a um projeto escolar como o dos Estados Unidos. Então, eu vou colocar uma coisa para todos que tenham entendimento e depois queiram saber e estudar um pouco mais. A Inglaterra, nas Olimpíadas de 2000, fez um estudo no qual, em 2016, ela seria a segunda em quadro de medalhas. Em Londres, em 2012, ela seria a terceira em quadro de medalhas. Isso foi programado onde? Nas escolas e nas universidades. A Inglaterra chegou lá, passando China e outros vários países que tinham a possibilidade de chegar. Como? Com planejamento escolar, com planejamento universitário. Isso nós temos que colocar, Fábio, para todos os Parlamentares, mostrando para eles a importância do esporte na escola.
O esporte na escola vai trazer e fazer com que as nossas crianças sejam mais educadas. Está comprovado cientificamente que a criança que faz um esporte vai melhor na escola, porque desenvolve melhor o cérebro, independentemente de qual esporte, seja natação, voleibol, handebol, ginástica — estou falando aqui da Fabíola, de mim, do Bruno, da Sofia. Vamos colocar como exemplo o esporte da Sofia ou da Fabíola. O esporte individual não é individual. A Fabíola teve várias pessoas que treinavam e trabalhavam com ela, como o nutricionista. Ela caía na piscina para nadar. No caso da Sofia, ela vai lá para fazer a apresentação dela, mas há uma equipe por trás disso. Isso mostra para sociedade o que é trabalhar em equipe. Essa equipe sempre vai existir nas nossas vidas. As nossas vidas são baseadas na sociedade.
Marcelo, de novo, ver você chorando aqui agora mais uma vez me comprova a paixão que você tem pelo esporte e o quanto você confia no nosso Presidente Hora na parte educacional do esporte.
Só mais um relato que eu tenho para falar para vocês. Quando eu jogava em Curitiba, no Metropolitano, nós tínhamos nove times. Dos nove, cinco eram escolas e quatro eram clubes.
Hoje nós temos um clube em Curitiba, que é o Círculo Militar, onde eu comecei. Todo mundo vai para lá, e nós precisamos fazer uma copa no Sul do País para reunir times que existam. Isso é um absurdo! Nós precisamos reviver isso. Precisamos trazer a bolsa para os atletas.
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16:57
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Eu estudava em uma escola municipal e ganhei uma bolsa de um colégio particular, em Curitiba, para poder me formar, para chegar à escolaridade a que cheguei, ou com diploma, porque comecei a jogar e infelizmente não consegui ir a uma universidade, mas hoje, aqui no Marrocos, como Diretor Executivo da Federação Internacional de Vôlei e o desenvolvimento do voleibol na África inteira — são 56 países —, olha o conhecimento que eu tenho, a capacidade de trazer para dentro da ISF ou da CBDE, da Federação Internacional Escolar ou da CBDE, quer dizer, primeiro para a CBDE, depois para a Federação Internacional, porque eu sou brasileiro, defendi o meu País durante 27 anos e tenho muito orgulho de ser brasileiro. E a nossa grama é muito mais verde.
Eu anotei uma coisa que você falou, Fá. De todas aquelas cidades que você colocou na apresentação onde houve JEBs, só São Luís está no Norte. E o Nordeste e o resto do Brasil?
Nós somos um País de mais de 220 milhões de pessoas. Nós temos que incluir todos os Estados, todos os esportes, os melhores deles e apoiá-los. Como fazer isso? Apoiando não só em olimpíadas. A Fabíola e o Bruno sabem muito bem disso. Quando falamos em olimpíadas, todos os patrocinadores colocam dinheiro, patrocinam os atletas. Mas como fica até chegar a uma olimpíada? O ciclo olímpico é criado 4 anos antes. Quando acaba uma olimpíada, já se começa um planejamento para a próxima.
Então, nós precisamos colocar na cabeça dos patrocinadores e também dos Parlamentares — não na sua, Fábio, pelo amor de Deus — que, com o esporte, vamos dar educação, vamos diminuir as taxas de pessoas que vão para o hospital, das crianças que vão para o hospital, os pais vão estar bem. Nós vemos isso em todos os nossos projetos.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Pode falar um pouquinho mais, não há problema.
O SR. GILBERTO GODOY FILHO (GIBA) - Eu queria agradecer muito mesmo pela possibilidade de estar aqui. Como você sabe muito bem, Fábio, eu falei com o Lindbergh que eu deveria estar hoje viajando para a Rússia, mas cancelei a minha viagem para fazer parte desta audiência pública, porque achei que era muito importante, primeiro, estar com grandes amigos e, depois, poder mostrar um pouco o que é e o que representa o esporte escolar.
Todos vocês vão fazer a diferença nesses JEBs. Esses jogos, sem dúvida nenhuma, vão ser o divisor de águas para muitas famílias. Quando falamos de famílias, estamos falando de um aluno com um irmão, dois pais, um tio, uma avó. Então, pensem na diferença que vamos fazer na vida de milhões de pessoas do Brasil inteiro.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Parabéns, Giba, pela sua fala, pelas suas colocações aqui hoje.
Tanto você quanto a Fabíola são ídolos do esporte e servem de espelho para a Sofia, servem de espelho para tantos atletas que estão começando a carreira, quando vocês falam das suas dificuldades, quando falam da realidade que nós encontramos no Brasil hoje, cuja concentração de eventos de clubes é muito mais no Sul e Sudeste.
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17:01
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Pois não.
O SR. GILBERTO GODOY FILHO (GIBA) - Quando eu fui cortado da peneira do Clube Banespa, a primeira coisa que eu fiz foi procurar quatro universidades nos Estados Unidos, porque lá eu teria um estudo e uma bolsa para fazer o que eu fiz, que era ser um jogador de voleibol. Eu era o melhor jogador do Paraná. Eu fui cortado em uma peneira e procurei o quê? Procurei um país onde havia estudo, uma escola com esporte dentro dela.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Não, é importante o seu testemunho, porque isso demonstra a realidade que enfrentamos no Brasil e a que nós encontramos em outros países.
Eu dizia que, na discussão do Projeto nº 6.718, que trata da realocação dos recursos das lotéricas, discutimos muito com o CBC aqui o modelo que é feito no Brasil. A concentração dos eventos do CBC é toda em clubes do Sul e Sudeste. Praticamente, nenhum ou quase nenhum é realizado no Norte e no Nordeste. Isso mostra esse desequilíbrio que existe e que você relatou aqui. Isso é fato e é realidade no nosso País.
O esporte educacional — e tenho que parabenizar o Secretário Nacional Marcelo Magalhães por priorizar o esporte educacional — nunca foi prioridade neste País. Nós estamos finalmente entendendo que o esporte começa na escola, que é onde há o primeiro contato com o esporte, onde se aprende a se apaixonar pelo esporte e pelos valores que estão dentro do esporte. Ninguém tem a garantia de que vai ser um Giba ou de que vai ser uma Fabíola, mas se pode ajudar a formar um grande cidadão. O esporte pode ajudar a transformar uma pessoa que vai ajudar a sua cidade, o seu Estado, o seu País a ser um lugar melhor, porque ganhou valores que levará para a vida inteira dentro do esporte. Então, isso é o mais importante. Acho que o que nós estamos fazendo aqui hoje, falando dos JEBs e do que eles representam é o que demonstra essa importância, esse valor que damos a ele. Tenho certeza de que isso é importante para muitos brasileiros também.
Às vezes, vemos as pessoas dizendo: "Olha, a OMS diz que cada dólar investido no esporte economiza 3 dólares na saúde". Há esse cálculo, essa história toda vez em que se fala sobre o esporte, sobre o orçamento. Fico sempre dizendo a mesma coisa, mas parece que ninguém aprendeu, porque esse dinheiro nunca chega ao esporte. Essa economia nunca é direcionada para o esporte. Este, enquanto negócio também — é um senhor negócio —, gera emprego, gera renda. Há uma série de vertentes dentro do esporte que poderiam ser mais bem trabalhadas e exploradas. Entretanto, este não é o momento hoje aqui. Hoje é um momento festivo de falar dos JEBs.
Quero convidar agora para falar a atleta Sofia Luce Melo Carvalho, atleta escolar da ginástica rítmica, que representa essa nova geração de atletas. Se Deus quiser, um dia, ela vai poder nos orgulhar muito também, quem sabe, como o Giba. Ela colocou essa quantidade linda de medalhas, que impressiona, e o Giba foi lá e mostrou a dele das Olimpíadas e mostrou a dele dos Jogos Mundiais Estudantis.
Meu nome é Sofia Luce. Tenho 11 anos. Sou atleta de ginástica rítmica no Estado de Sergipe. Comecei na ginástica com 7 anos. Com 9 anos, eu já consegui conquistar uma medalha de prata no Campeonato Brasileiro.
Nesse mesmo ano, já consegui representar o meu País no Campeonato Sul-Americano, no Peru, de onde trouxe duas medalhas de ouro.
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17:05
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Essa será a primeira vez que participarei dos jogos escolares. Será uma honra, para mim, representar o meu Estado nos JEBs deste ano. Acho importantes eventos como esse porque estimulam os atletas a continuarem no esporte e a incentivarem outros jovens a conhecerem e a praticarem não só a ginástica, mas outras modalidades também.
Acho impressionante a desenvoltura não só no esporte, mas na fala também, não é, Secretário Marcelo e Presidente Antônio Hora, porque ela demonstra já todo um desenvolvimento. Eu que tenho filhos, olho, comparo e digo: "Que legal!"
O SR. HÉLCIO FERNANDES OLIVEIRA - Boa tarde, Deputado. Aí já é quase boa noite, Secretário Marcelo Magalhães.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Desculpe-me por interrompê-lo. O senhor pode aproximar mais o microfone da boca?
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Isso, porque ele está ruim para fazer a captação.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Isso. Agradeço.
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17:09
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Sr. Hélcio, vou interrompê-lo novamente. Está muito ruim, com muito ruído esse microfone. Há como o senhor fazer a apresentação sem esse microfone, sem esse fone? Eu peço desculpas, mas é porque não estamos conseguindo captar. Está com muito ruído.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Agora melhorou muito. Se o senhor puder reiniciar, vamos resgatar os seus 10 minutos.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Perfeitamente. Estamos escutando-o perfeitamente. Já estão restabelecidos os seus 10 minutos para que o senhor possa fazer toda a sua explanação e possamos compreender melhor a sua fala.
O Colégio Amorim existe aqui em São Paulo. Temos três unidades na cidade de São Paulo mesmo, na capital. Atendemos hoje em torno de 4.500 alunos. Temos um trabalho muito voltado para o esporte e atividades extras de um modo geral.
Há 20 anos, com a necessidade de se criar atrativos, de se criar um diferencial na escola, resolvemos desenvolver um trabalho de esporte. Isso se iniciou com o futsal e foi caminhando. Fazendo um comparativo, chegamos a dar W.O. na nossa própria quadra, porque eu precisava de cinco alunos, mas só tinha quatro alunos para jogar uma competição. Perdemos de 22 gols a zero aqui na nossa quadra nesse início de trabalho, mas persistimos nisso. Fomos montando, fomos fazendo até que hoje — já vou trazer para o tempo atual — oferecemos em torno de 300 bolsas de estudo para alunos nossos que são atletas.
Nesse ínterim, buscamos parcerias com os clubes, porque, na cidade de São Paulo, existe uma estrutura física de campo, de quadra e de tudo, o que é uma realidade até um pouco diferente da de outras cidades do Brasil. Na escola, temos a parte da educação, que tem uma estrutura muito boa. Precisávamos de estrutura para trabalhar o atleta, e os clubes têm essa estrutura.
Então, depois de muito visitarmos, de vendermos essa ideia, de passarmos essa ideia para os clubes, conseguimos que eles entendessem isso e fechassem as parcerias. Hoje fazemos um trabalho muito bem feito com o Pinheiros e com o Palmeiras. Temos uma parceria muito bem formada com o Corinthians em diversas modalidades, que funciona muito bem, até pela questão da proximidade de uma das nossas unidades.
Eu me perdi um pouco, Deputado. Não sou muito bom para fazer apresentações, ainda mais com grandes oradores, como temos aqui.
Mas, enfim, esse é um trabalho de persistência, de muita luta, de passar a fazer com que o professor da parte pedagógica entenda a realidade do atleta, que é diferente da do aluno, que tem 100% do tempo dele dedicado à escola. O atleta, não. A cabeça dele está dividida, normalmente até mais para a parte do esporte do que para a parte do estudo.
Então, o envolvimento dos nossos professores, a parte pedagógica, no nosso projeto é fundamental para acolher o aluno atleta, dar importância e mostrar para o garoto que eles se importam com esse sonho dele.
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17:13
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No fundo, nós sabemos que a maioria não vai chegar ao alto rendimento, não vai ser uma Fabíola Molina, não vai ser um Giba. Estou falando da maioria esmagadora. Entretanto, o esporte é muito amplo. Fala-se muito de atleta de alto rendimento, mas nós trabalhamos muito aqui pensando que o esporte oferece muitas áreas de trabalho. Temos vários exemplos de alunos que passaram por aqui, estiveram aqui no colégio enquanto atletas e que hoje são fisioterapeutas, preparadores físicos, professores de educação física. Há inúmeros que foram formados aqui no colégio. É o trabalho de, vamos dizer assim, acreditar que o esporte é uma ferramenta muito eficiente para se trabalhar na educação.
No nosso projeto — essa é uma coisa que gosto muito de falar —, em todo esse tempo, nunca estivemos inseridos em nenhuma lei de incentivo diretamente, com financiamento direto aqui para dentro da escola. O desafio sempre foi o de montar um projeto de esportes que fosse autossustentável dentro da escola, e hoje nós temos esse projeto andando. Acredito no seguinte: o Estado, quer dizer, o dinheiro público tem que ser empregado nisso que está sendo feito, ou seja, na organização das competições de alto rendimento. E aí o que acontece? Aí o Estado tem que atender a todos. Por exemplo, não é atender só o Colégio Amorim. A importância dos JEBs é ser uma competição que é uma das poucas, aliás, é a única que existe na realidade do Brasil, que atende todos os Estados. Todos os Estados estarão lá representados.
Vejo muito a inclusão de uma determinada forma. Nós estamos participando aqui em São Paulo ainda das seletivas. Então, pega-se um garoto que vai jogar para participar da competição, mas ele tem a oportunidade ali de jogar contra outro garoto que já está no alto rendimento. É uma oportunidade que ele tem de jogar, de conviver com aquele garoto. Futuramente, ele vai ver esse garoto de alto rendimento numa Seleção Brasileira ou em Olimpíadas, e os Jogos Escolares proporcionam isso para ele. Essa é uma coisa muito importante e em que acredito também. A importância dos JEBs para o nosso trabalho e para a juventude é fundamental. O que nós fazemos aqui, em termos de investimento em esporte, não teria como ser feito se não houvesse essas competições que a CBDE organiza. Hoje a volta dos JEBs, que está motivando muito a garotada a participar, é de fundamental importância.
Agradeço a oportunidade para a nossa participação. Fico honrado aqui hoje. Fiquei com o coração explodindo de alegria de ver o Secretário se emocionar com isso, porque eu me emociono com isso. Eu adoro isso. Eu vivo isso aqui dentro da escola. E vi um Ministro se emocionar como eu me emociono. Então, estou com o coração explodindo de alegria. Muito obrigado por esta oportunidade e por esta alegria que estou tendo agora.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Primeiramente, eu queria parabenizá-lo, Sr. Hélcio, por investir no esporte, por acreditar no esporte, não só o senhor, mas também todos os que fazem o Colégio Amorim. Por intermédio dos senhores, eu parabenizo todas as escolas e todos os colégios que continuam acreditando no desporto escolar.
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17:17
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O primeiro herói, o primeiro ídolo que nós temos no esporte é o da escola, é o craque de bola, é o craque do vôlei, é aquele em quem nós nos espelhamos. O primeiro ídolo no esporte que nós temos é aquele que nós conhecemos na escola. É o espelho que nós temos. É aquele que viaja, que traz a medalha, e nós nos inspiramos nele. Então, tudo começa na base escolar.
Há uma diferença muito grande no desporto escolar, como o senhor colocou aqui — e o senhor está de parabéns —, porque há um lado psicológico também. Nós temos que trabalhar a criança para ela entender a importância do esporte juntamente com a importância da educação, entender a importância de manter os estudos, entender a importância da disciplina, entender a importância de ter o momento de estudar e de ter o momento de praticar esporte. É diferente do alto rendimento, quando há um foco muito mais centrado no desempenho esportivo do que efetivamente na formação e na construção desse cidadão a partir do esporte. É a escola que tem essa responsabilidade.
Então, parabéns ao Colégio Amorim e ao senhor por acreditarem no desporto escolar. E, por intermédio dos senhores, eu parabenizo todas aquelas escolas que sempre acreditaram no desporto.
Quero convidar agora para usar da palavra o Sr. José Edmar Santiago Melo Júnior, Secretário de Esportes do Acre e Vice-Presidente do Fórum Nacional de Secretários de Estado de Esporte.
Já parabenizo a minha amiga Mariana Dantas também por ter sido eleita juntamente com V.Sa. como Presidente do Fórum Nacional de Secretários de Estado de Esporte. Eu fico feliz de ver Sergipe brilhando não só na área esportiva, dentro das quadras, mas também na parte da gestão esportiva. Isso nos orgulha muito.
O SR. JOSÉ EDMAR SANTIAGO MELO JÚNIOR - Presidente Fábio Mitidieri, é com grande satisfação que venho aqui neste momento, para falar em nome do Fórum Nacional de Secretários de Estado de Esporte, representando aqui a minha e a nossa Presidente Mariana Dantas, que tanto nos orgulha desde a gestão passada, quando estava como Vice-Presidente, na luta também, levantando a bandeira do esporte.
Prestigio também os demais presentes, como já foi mencionado: o Hora Filho, Presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar; o nosso Secretário Especial de Esporte, nosso Ministro — nós o chamamos de Ministro também — Marcelo Magalhães por essa iniciativa esplendorosa junto com o nosso Presidente Hora Filho dessa retomada dos JEBs, após 17 anos.
Também prestigio a nossa nadadora linda, maravilhosa, a Fabíola Molina, por quem eu tanto torcia, assistindo na televisão seus grandes momentos. Parabéns a você, que vai ser mamãe em breve.
Prestigio o nosso Embaixador dos JEBs, o Giba, que me fazia ficar emocionado e, pelo fato de o vôlei ser mais dinâmico, também arrepiado quando subia a quase 2 metros. É claro que eu estou falando grosso modo, Giba, mas você tinha uma impulsão maravilhosa. E tinha sua tática, sua habilidade de fazer com que a bola de segurança fosse para você. Os narradores falavam sobre a bola de segurança: "Giba neles!"
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17:21
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Então, agradeço ao José Reinaldo, nosso Presidente da Federação Acreana de Desporto Escolar, que está presente. Agradeço à Sofia, que tem 300 medalhas nessa idade. Então, nós só temos a lhe agradecer por essa participação. Agradeço aos demais que estão presentes e não foram mencionados.
Hora, parabéns por essa garra de não desistir desse projeto dos JEBs junto com nosso Secretário Especial Marcelo Magalhães. As cobranças dos Secretários no Fórum não só no grupo do WhatsApp, mas também em alguns encontros tornaram possível a realização de alguma competição em âmbito educacional.
Então, nós víamos lá que a cobrança era muito grande. Os Estados se prepararam para suas seletivas. Depois, se o Governo Federal realmente voltasse atrás e os JEBs não fossem realizados, nós poderíamos ter um prejuízo imenso e frustrar diversos alunos atletas, como foi mencionado pela Fabíola, pelo Giba e pelo nosso Secretário Especial Marcelo. Os atletas já foram afetados pela pandemia; alguns já passaram de fase por causa da idade; e ainda mais o possível cancelamento dos JEBs poderia ser caótico para o desenvolvimento do esporte educacional.
Agradecemos, de coração, por tudo o que vocês fizeram. Todos aqui batalharam para que hoje estivéssemos nessa retomada e em grande estilo.
Eu tenho certeza de que os JEBs vêm realmente para ser esse pontapé inicial de retomada, assim como nosso Secretário Especial Marcelo falou e se emocionou. Nas nossas seletivas dos Jogos Escolares aqui no Acre, que findaram agora no domingo, na pista de atletismo, nós vimos crianças chorando, os atletas chorando, porque iam participar dos JEBs. Eles ainda não sabem o tamanho dos JEBs. As mães e os pais que participaram também estavam chorando ao mesmo tempo, porque foram fruto daquele trabalho que era feito lá atrás nas escolas, que era feito de forma mais incisiva. Nós vimos isso com os próprios olhos nessas seletivas.
A nossa Secretária Nacional Fabíola colocou a questão do Acre, do Amazonas. Graças a Deus, o fato de os JEBs realmente terem sido executados naquele tempo fez com que nós retomássemos também as nossas seletivas aqui em parceria com a FADE — Federação Acreana de Desporto Escolar. O José Reinaldo foi um parceiro muito grande para a nossa federação assim como foi com as federações de diversos Estados com os quais nós tivemos contato durante o Fórum. Assim, tanto as federações quanto a iniciativa privada conseguiram se agregar para que fossem realizadas essas seletivas.
Então, o esporte agrega de todo modo. Nós sabemos disso. Quando é para ser realizada, quando é para ser efetivada uma competição regional, estadual ou nacional, todos se empenham.
Independente da classe social, independente do poder aquisitivo, todos se envolvem, todos querem participar, e nós não podemos realmente deixar que esse sonho acabe.
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17:25
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Aqui, no Acre, existe um trabalho também com relação à questão, como o Hélcio bem falou, de nós podermos fazer parceria com escolas, para que tenhamos grande avanço no esporte educacional. Bem frisou o nosso Secretário Especial, Marcelo Magalhães — eu até copiei uma frase dele aqui e vou explaná-la: "O esporte na escola é o começo de tudo". O esporte é o começo de tudo.
Então, nosso Ministro — vou chamá-lo assim —, como o esporte é o começo de tudo, o senhor está sendo, mais do que tudo, o nosso fiel da balança, junto com o Hora Filho e os demais presentes, para que os JEBs sejam realmente a retomada do esporte educacional em nosso País. Vamos fazer com que, no ano de 2022, no ano de 2023 e por aí vai, nós consigamos fortalecê-lo.
É como falou o nosso Embaixador dos JEBs, o Giba: o esporte na escola é que vai revelar todos os nossos atletas do futuro. Lá em Londres, na Inglaterra, houve uma base de tantos anos atrás para que se pudesse ser segundo, terceiro lugar em Olimpíadas. Então, o Brasil tem condições, o Brasil tem várias joias a serem descobertas, várias joias que estão perdidas e é obrigação nossa resgatá-las. Agora, sem o esporte, sem investimento eficaz no esporte, nós não vamos conseguir.
Os Estados cobram dentro do Fórum que nós façamos essa luta em conjunto. Os Estados do Norte, Presidente Fábio, Presidente Hora Filho, clamam para que as competições regionais e as competições nacionais vão também para a Região Norte. É importantíssimo que o Norte seja contemplado, nessa situação do desenvolvimento do esporte educacional.
Então, essas são as minhas palavras, em nome da nossa Presidente Mariana Dantas. Fica aí este 1 minuto e meio para a Fabíola Molina, se ela quiser retomar alguma fala — está bom, Presidente? Eu agradeço-lhes de coração. Vamos defender a bandeira do nosso esporte, que é o que nós mais queremos que seja realizado no nosso País.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Parabéns! Aliás, a Fabíola está com tudo. Todo mundo está deixando um tempinho para ela aqui.
O SR. JEFFERSON CARVALHO NEVES - É uma honra estar aqui, no meio de pessoas que eu admiro tanto, tantos guerreiros: Fabíola, que já conheço há tanto tempo, Giba, Hora, Secretário Marcelo Magalhães...
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Eu já dividi com alguns dos senhores a minha angústia com relação aos Jogos Escolares e a etapa de 15 anos a 17 anos. Primeiramente, nós ficamos muito felizes por tudo que a nova gestão está fazendo com a faixa de 12 anos a 14 anos e, a partir disso, nós ficamos muito mais felizes ainda de saber que há possibilidade de nós termos o evento de 15 anos a 17 anos acontecendo sob essa mesma gestão, sob essa mesma organização e sob esse mesmo carinho. Aqui vai todo o meu respeito, toda a minha admiração e todo o meu conceito para a instituição Comitê Olímpico do Brasil, que é uma instituição fantástica. Eu a respeito demais, porque contribuiu muito para o esporte brasileiro. No entanto, na minha opinião, na situação de 15 anos a 17 anos, eles cometeram um deslize muito grande com os nossos atletas. Pegar uma geração, que, por exemplo, tem atletas de 16 anos que não competiram no ano passado por conta do auge da pandemia e, neste ano, esses caras não competirem de novo e perderem a esperança, depois de terem voltado ao treinamento, de as coisas voltarem a acontecer, eles não terem a oportunidade de representar o seu Estado numa competição nacional, isto iria frustrar muitos deles.
Há Estados, como o nosso, que dependem da valorização daqueles poucos talentos que nós conseguimos formar ao longo do seu desenvolvimento. Nós não temos excessos de talentos, nós não temos talentos a rodo, então, daqueles pouquinhos que aparecem ou que os nossos treinadores conseguem desenvolver nós precisamos cuidar muito bem. Não competir seria um soco no estômago muito grande, porque provavelmente nós perderíamos boa parte dos nossos atletas dessa categoria.
Eu agradeço demais a todos pelos esforços, agradeço-lhes demais. Eu sei que o Hora já perdeu algumas noites de sono e a Fabíola também, com toda certeza, já conquistou alguns cabelos brancos com essa situação toda. Mas a história vai se lembrar de tudo isso. Eu tenho certeza absoluta disso, eu tenho certeza absoluta de que, daqui a 10 anos, 15 anos, 20 anos nós estaremos olhando para trás e falando: "Nós participamos dessa retomada. Nós tivemos coragem de fazer com que uma geração não se perdesse e o esporte no nosso Brasil não esperasse 2 anos, 3 anos, para ser o que ele merece ou o que ele tem de ser".
Então, como todo mundo falou aqui — e o Giba foi muito feliz, quando falou que a principal medalha é a do mundial escolar, porque é exatamente isso que nós pensamos —, se o atleta tiver boas experiências e o desenvolvimento acontecer de forma plena nessas categorias, o resto é continuidade. É só haver continuidade, é só não deixar faltar nada para ele, que as coisas vão acontecer. Fala aqui um cara que foi durante 20 anos treinador, que trabalhou com as categorias de base durante muito tempo e teve a bênção de Deus de formar um atleta olímpico e estar ao lado dele, ao lado da Fabíola numa Olimpíada.
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Obrigado, mais uma vez, Secretário-Adjunto Jefferson Carvalho, pela sua fala, pela sua participação, pela sua colaboração. Obrigado por estar sempre disponível para ajudar o desporto brasileiro, notadamente o desporto escolar.
Sinceramente, eu não estava preparado para me emocionar, para chorar, mas isso faz parte do nosso dia a dia. Ainda mais quando o Hora está presente não é difícil de nos emocionarmos.
Eu queria cumprimentar o nosso Secretário Marcelo e, na pessoa dele, cumprimentar os demais membros. E eu queria fazer alguns agradecimentos. Em primeiro lugar, agradeço ao nosso Presidente Hora, que é incansável na luta pelo desporto escolar. Nós que convivemos diretamente com ele, nas federações, sabemos do seu compromisso, da sua responsabilidade, do seu amor pela causa do desporto escolar. Ele é uma pessoa muito aguerrida, que faz com que nós trabalhemos dobrado, que faz com que nós acreditemos no potencial do desporto escolar. É assim que trabalham todas as federações em prol do desporto escolar.
Agradeço ao Deputado Fábio, que é incansável na luta pelo desporto escolar, pelo desporto universitário, dando sempre apoio às nossas realizações. Agradeço ao nosso Secretário Marcelo. Tenho certeza de que as palavras da Sofia resumem bem o sentimento do Secretário Marcelo quando ele apoiou e resolveu abraçar a causa dos JEBs. As palavras dela foram fundamentais. Se não fosse esse apoio financeiro do Governo Federal, seria muito difícil — eu falo pelo Norte, pelo Estado do Acre — participarmos de competições, porque é muito difícil o deslocamento. Só para os senhores terem uma ideia, de Rio Branco a Brasília, são 3 horas de voo direto, fora as conexões que temos que fazer para outros Estados depois. Então, esse apoio é fundamental.
Quero fazer outro agradecimento. Agradeço ao nosso chefe do Departamento de Esportes, o Júnior Santiago, da Secretaria de Estado de Educação do Acre. Desde 2019, nós temos uma parceria com a Secretaria. Nós tínhamos o calendário todo já formatado para 2020 e 2021, mas, em função da pandemia, tudo parou. No ano passado, fizemos ainda algumas competições virtuais de xadrez, de tae-kwon-do. Em 2021, também fizemos algumas competições virtuais. Agora, aos poucos, é que nós estamos retomando as nossas atividades presenciais.
O grande problema da maioria dos Estados é a questão dessas seletivas, porque vários ainda estão fechados. No nosso Estado, nem começaram as aulas ainda. Nós estamos fazendo seletivas individuais, presenciais, com todo os protocolos de precaução. Já nas coletivas há uma dificuldade muito grande, em função de as escolas estarem fechadas, os alunos dispersos e os professores de educação física dispersos também.
É muito difícil. Então, nós utilizamos o sistema de ranqueamento, pegamos os últimos campeões que serão os indicados nas coletivas; e, nas individuais, quem está participando são aqueles que venceram a seletiva.
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17:37
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É uma emoção muito grande essa retomada — é uma emoção muito grande! A emoção do Hora e a do nosso Secretário Marcelo é a emoção de todos os Presidentes, de todos nós, a emoção do Hélcio também, que vive na pele o dia a dia de uma escola. Nós sabemos o quanto é complicado.
Nós só temos a agradecer à Secretaria Especial do Esporte, à própria Confederação. E, mais uma vez, Marcelo, queremos agradecer o seu apoio e o seu compromisso, e dizer que você não vai se arrepender em nenhum momento de ter nos apoiado, porque vai ser um sucesso essa competição.
A Federação do Acre está à disposição. E, como o nosso Júnior falou, esperamos poder trazer para o Norte competições em âmbito nacional. Aqui no Acre também nós temos condição de fazer isso.
O nosso sentimento é esse, um sentimento de gratidão, um sentimento de alegria de estar fazendo parte desse momento.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Nós que agradecemos, Reinaldo. Mais uma vez, obrigado pela sua participação. O Acre sempre fazendo diferente, fazendo bem no desporto escolar.
V.Sa. colocou muito bem a importância não só do Secretário Marcelo e dessa compreensão que ele tem da importância do desporto escolar, mas também desse momento que nós estamos vivendo e da importância do desporto para que possamos superar tudo isso.
Primeiramente, quero agradecer o Presidente e o Vice-Presidente da CBDE, o Hora Filho e o Robson Aguiar. Eu os encontrei em Campo Grande, há alguns dias, nos Jogos Escolares de Mato Grosso do Sul, na competição lá em Dourados com as meninas do futsal. Recebi uma ligação no Instagram em que ele me convidou para participar desta audiência, e eu estou aqui agora.
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17:41
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Eu sou professor de educação física, atuo há quase 7 anos. Comecei em 2016, na escola indígena que fica na aldeia também. E, de lá para cá, eu trabalho com modalidade de atletismo e futsal feminino. Nós nos destacamos mais no atletismo. No Município de Amambai e no Estado de Mato Grosso do Sul, nós somos referência no atletismo. E aí, quando acontece a competição só tem lá — entre aspas — "indiozinhos" participando dos jogos e ganhando tudo, medalha, convocação para competição nacional.
Até surgiu a vaga para representar o Brasil no Sul-Americano Sub-18 e Sub-20. Inclusive, em 2019, o meu atleta foi com vocês, da CBDE, para Assunção, no Paraguai. Até vi a foto dele, quando a Fabíola mostrou. Era o Yuri do atletismo.
Bom, em 2016, eu formei a escolinha de atletismo com a parceria da APM da escola. E, através da APM, eu consigo que a federação afilie os atletas, eu consigo afiliar a minha equipe, tanto no atletismo como no futsal. E todos são atletas indígenas da etnia guarani-kaiowá.
A primeira competição de que participei foi nos Jogos Escolares de Mato Grosso do Sul, realizado pela FUNDESPORTE, tanto no futsal quanto no atletismo.
Em 2016, então, a minha escola, os meus atletas começaram a participar de jogos de nível estadual, de nível nacional e até internacional. Inclusive, o Yuri, indígena da minha aldeia que é meu atleta, vai chegar agorinha aqui em Amambai. Daqui a pouco eu vou receber o Yuri. Ele foi medalha de bronze no Paraguai, no sub-18. Ele é lançador de dardo, um guri novo que está rodando o mundo. Isso é um orgulho muito grande para os nossos povos e para o Brasil.
Eu vou ressaltar aqui a importância dos jogos, com o apoio tanto do Governo Estadual quanto do Governo Federal. Este ano, os meus alunos foram contemplados com a Bolsa Atleta. Isso possibilitou uma maior participação dos atletas indígenas em eventos esportivos, protagonizando vitórias nunca vistas no Estado, na (ininteligível) indígenas.
Então, com essa Bolsa Atleta, eles conseguem viajar tanto para competições do Estado quanto para as competições nacionais. Inclusive, no Campeonato Brasileiro Sub-18, nós encontramos o Giba, tomando seu cafezinho. Fomos lá incomodar o Giba, para tirar fotos. Foi legal aquele momento!
Com o esporte, conhecemos bastantes lugares, novas pessoas, viajamos de avião, conhecemos (falha na transmissão) estrutura de nível (falha na transmissão). É importante ter jogos em novos lugares, com novas pessoas.
E três atletas daqui da aldeia de Amambai, que são indígenas guarani-kaiowá, foram contemplados pelo Programa Bolsa Atleta federal. Eu me esqueci de falar, mas é bolsa federal. Então, isso está ajudando muito esses atletas a investir no esporte, a comprar seu material, a se alimentar bem. Isso é fundamental e importante para nós.
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Como eu já falei, o Yuri é uma das revelações daqui da aldeia, através do esporte, através dos Jogos Escolares, através das competições escolares mesmo. Inclusive, como eu mencionei, em 2019, ele conquistou medalha de ouro no lançamento do dardo e medalha de ouro no arremesso de peso. Isso aconteceu no Paraguai, em 2019. Ele foi convocado para representar o Brasil no Sul-Americano Sub-18. Ele foi convocado agora, no mês retrasado, para Lima, no Peru. O Yuri começou nas competições escolares e agora está sendo referência aqui para nós. Por causa dele, está tendo muita procura para treinamento. A procura de escolinha de atletismo aqui na minha aldeia é muito grande. Agora tenho quase 70 atletas, 70 alunos na escolinha. Isso é só no atletismo, mas tem o futsal feminino. Aqui bastante meninas se interessam em participar do jogos.
Eles querem viajar, eles querem conhecer novos lugares, eles querem viajar de avião. E é o que vai acontecer no mês que vem, porque nós fomos campeões nos Jogos Escolares de Mato Grosso do Sul e garantimos a nossa vaga para representar o Estado no atletismo. A competição será realizada no Rio de Janeiro. Então, são seis ou sete atletas indígenas que vão estar lá. Isso é muito legal e cria uma nova perspectiva para eles. Isso traz um olhar diferenciado. As crianças indígenas e os adultos, em geral, ficam mais no cantinho, são mais tímidos, mas esses jogos abrem a mente deles. Isso é legal. Isso demonstra a importância do esporte na escola e a necessidade do investimento no esporte de base. (Falha na transmissão) especificamente nas aldeias indígenas do Brasil, que têm atletas de nível nacional e internacional. Como alguém falou aqui, tem talento escondido por aí no Brasil. Através da competição escolar, vamos divulgando isso.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Quero parabenizar o Sr. Miller e dizer-lhe o seguinte: não poderíamos chegar ao final de uma audiência pública de forma mais impactante do que esta. Isso mostra que o esporte é universal, que o esporte é a integração de povos, que o esporte gera essa congregação de forças e de raças. É uma coisa acima de todos nós, que somos um só povo, um só Brasil.
E ver os indígenas poderem participar também de esportes de alto rendimento é muito bom, é muito bonito, é muito legal de se ver.
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Eu fico feliz com o seu depoimento, mostrando o interesse do povo indígena não só de participar dos esportes de alto rendimento, mas também de conhecer o esporte, de poder conhecer o mundo através do esporte e o que isso traz de mudança na vida dessas pessoas. Isso, realmente, é a essência do esporte. Eu acho que o mais bonito do esporte é poder gerar essa integração, essa união que o esporte nos dá.
O SR. GILBERTO GODOY FILHO (GIBA) - Fábio, eu gostaria só de agradecer imensamente a experiência de estar aqui com vocês, de poder passar um pouquinho da minha experiência escolar. Quero agradecer também à escola por ter me trazido aonde estou hoje, aonde cheguei hoje. Isso eu acredito que seja a coisa mais importante.
Hoje eu falo cinco idiomas, moro no Marrocos, sou Diretor-Executivo da Federação Internacional de Voleibol — FIVB e desenvolvo o esporte em 56 países da África. A primeira ação que estamos fazendo é pegar os tênis dos europeus, que usam o tênis por não mais do que 2 ou 3 meses, e levá-los para os jogadores africanos, porque muitos deles, em muitos países, acabam jogando descalços e em campos que não têm a mínima condição, são de terra.
Eu queria agradecer realmente a oportunidade, Presidente Fábio, de estar com você, de estar com o Marcelo, de estar com o meu irmão Hora.
Fabíola, parabéns de novo. Você vai ser mamãe. Que venha uma futura nadadora, jogadora de vôlei, jogadora de handebol, do esporte que for. Eu não tenho dúvida nenhuma de que vai estar no esporte e de que vai ser mais um brasileiro que vai representar o País com muito orgulho.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Agradeço, Giba.
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É uma tarde, um início de noite muito emocionante. Os depoimentos foram muito fortes. Seria redundante ficar aqui ressaltando o melhor da fala de cada um. Fica evidente que a atuação do indivíduo transforma a sua comunidade, a sua cidade, o seu Estado, o seu país e o mundo. É isso o que esperamos, não é? É isso o que esperamos de Sofia, é isso o que esperamos de Miller. Que vocês possam levar essa bandeira de transformação, que a ação de vocês, no ambiente em que vocês vivem, possa inspirar novas gerações. Felizes são aqueles que podem, através da sua imagem, passar tanta coisa positiva e tanta esperança, como podem os atletas.
A Fabíola bateu recordes mais de cem vezes em sua carreira. Isso é uma coisa incrível, isso é uma coisa humanamente inatingível, mas ela atingiu. Quanto ao Giba, ele não é brasileiro: o Giba é uma personalidade mundial. Com todo o respeito aos nossos políticos, aos nossos religiosos, eu não conheço no mundo hoje um brasileiro mais conhecido e mais querido do que o Giba. E ele, sendo tudo isso, ainda empresta para nós o seu carisma, o seu exemplo, a sua dedicação e nos inspira a continuar sonhando e acreditando.
Marcelo, você tem ao seu lado um exército. Quando vejo o Jefferson a postos para qualquer coisa que possa vir a colaborar, quando vejo um Hélcio, quando vejo um José Reinaldo, quando vejo um Parlamentar da envergadura do Fábio Mitidieri, isso, sim, me inspira a continuar sonhando. Isso, sim, nos impulsiona a correr riscos.
Não estamos aqui para falar os riscos que estamos correndo em ousar e trazer à tona aquela chama que não apagou e não se apagará. Eu quero só agradecer a vocês e dizer que dedicarei cada segundo da minha vida até que possamos inaugurar e encerrar os JEBs da melhor maneira possível e dando o nosso melhor para as nossas crianças.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Parabéns, Presidente Antônio Hora, sempre com o dom da oratória, com o dom da palavra. E ainda encerrou com o slogan da CBDE, que é o nosso slogan.
Hora, nós reunimos aqui hoje uma verdadeira seleção de desportistas, de pessoas que amam o esporte. E quando o coletivo funciona, o individual aparece mais, o individual se destaca. O que estamos vendo aqui é um coletivo muito bem afinado. É por isso mesmo que, individualmente, cada um consegue se destacar ainda mais e consegue sucesso nas suas carreiras, consegue sucesso nos seus propósitos: porque o time está bem entrosado. Então, parabéns a todos.
Que nós possamos construir um esforço escolar cada vez mais forte. Quem vai ganhar com isso é o povo brasileiro, é o desporto brasileiro. Logo, logo, vamos ver cada vez mais atletas se destacando, mais medalhistas surgindo, o Brasil cada vez melhor nos Jogos Olímpicos e principalmente — e acho que é este o grande objetivo de todos — formando cada vez mais cidadãos de bem, pessoas que vão levar os valores do esporte para sua vida, para seus filhos, para seu cotidiano.
Isso é o mais importante para todos nós.
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O SR. ANTÔNIO HORA FILHO - Deputado, eu vou levantar a bola para o Ministro cortar. Nas redes sociais e no WhatsApp, eu estou sendo muito cobrado sobre outro evento que possivelmente vai acontecer ainda neste ano. O Jefferson puxou aí, e muita gente está querendo saber sobre a categoria de 15 a 17 anos, já que os JEBs estão confirmados de 29 de outubro a 5 de novembro na categoria de 12 a 14 anos.
Eu quero dizer à comunidade esportiva brasileira que não pare de sonhar. O sonho ainda é possível. Estamos trabalhando caladinhos. A qualquer momento, a nossa embaixadora, a Fabíola, pode fazer um post dizendo: "Nasceu!" Todo mundo vai pensar que é o bebezinho dela, mas pode ser outra grande surpresa da Secretaria Especial do Esporte, em parceria com a CBDE.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - É muita pressão que o Presidente Hora está colocando.
Eu só queria fazer uma ressalva com relação à minha fala inicial, porque acho que passou despercebida uma questão. Nós tivemos agora, nesta retomada do esporte nacional, do esporte estudantil, universitário e escolar, os Jogos Paralímpicos Universitários, que foram realizados em São Paulo, na semana retrasada, com a presença de representantes de todos os Estados brasileiros.
Também não podemos nos esquecer da questão da fomentação do jogo paralímpico escolar, o adaptado. É de fundamental importância termos um carinho especial, Deputado Fábio, Presidente Hora e Ministro Marcelo Magalhães, pela questão dos atletas com deficiência física e especiais. É de fundamental importância também fomentarmos essa grande classe, essa inclusão social, essa alegria que eles proporcionam quando competem em eventos nacionais, regionais e por aí vai.
Em nome do fórum, de todos os representantes e de todos os Secretários de Estado, faço essa ressalva. Espero que a CBDE, o Ministério, a Secretaria Especial do Esporte, a Fabíola, que também está nessa luta, e o Deputado Fábio, que tanto luta por essa bandeira do esporte, possam estar juntos com esses atletas paralímpicos escolares adaptados, para que possamos dar um futuro brilhante a eles.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Muito bem colocado, muito bem lembrado.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Eu vou lhe contar.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Foi sobre os JUBs que eu lhe contei. Vou relatar o que houve nos JUBs.
Eu viajei com o Hora para Belo Horizonte. De Aracaju para Belo Horizonte, percorre-se um bom chão, são 2 dias de viagem praticamente.
E era uma viagem numa marinete, num onibusinho caindo aos pedaços, e íamos parando na estrada, com um uniforme que não era da Nike, mas, com todo o respeito, era aquele uniformezinho meio que caseiro, que conseguimos improvisar. Quando chegamos ao Mineirinho, estacionamos ao lado do ônibus da delegação de São Paulo — era um ônibus com dois andares. Então, desceram aqueles caras gigantes, todos usando uniforme da marca Penalty. Eu olhei para os caras e pensei: "Perdemos, e nem começou o jogo. O negócio já está ruim".
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É aquilo, já começa a afetar o psicológico. E para dormir tivemos que arrebentar o Mineirinho, literalmente. Estava tudo trancado. Então, desceu um atleta nosso do handebol e, porque não tinha hospedagem, ele arrebentou lá o portão e todo mundo carregou colchonete para dormir dentro do Mineirinho. Essa era uma realidade dos JUBs uns 20 anos atrás. Nós tivemos que enfrentar todas essas desigualdades, enquanto havia atletas que iam de avião, atletas que iam de ônibus com dois andares. E nós fomos com aquela cotinha, com a ajuda da Secretaria para chegar em ônibus antigo. O psicológico já vai embora quando se presencia o encontro da realidade de um Estado como São Paulo com um Estado pequeno como Sergipe.
Hoje, vejam como estão os JEBs e como estão os JUBs: todo mundo com as mesmas condições, todo mundo viajando e tendo a mesma oportunidade. Sergipe é igual a São Paulo, em termos de oportunidade do evento. Não quero falar das condições de treinamento no Estado, porque aí vai de Estado para Estado, de política pública para política pública. Mas, no evento, estão sendo ofertadas as mesmas oportunidades. Isso é maravilhoso!
Tudo isso nós vivemos. Mas são experiências que carregamos para a vida inteira, vou levar comigo sempre. Deus me deu essa oportunidade, e sou muito grato a Ele por participar disso porque me fez ainda mais apaixonado pelo esporte, me fez querer trabalhar pelo esporte e carregar essa bandeira a vida inteira.
Às vezes, fazemos essa comparação entre geração Nutella e geração raiz. Fazemos muito isso hoje. Acostumamos bem essa nova geração a ter esse conforto todo, que é merecido e justo, mas às vezes eu comparo ao que era antes. Eu tive a oportunidade de começar nos jogos infantis em 1988, e o Hora já era o meu treinador. Eu não quero entregar a idade do Hora, mas, façam os cálculos: se eu tinha 11 anos de idade em 1988, e o Hora era o treinador... Moisés abriu o Mar Vermelho, e o Hora estava do outro lado aguardando.
(Risos.)
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Eu sempre tive as minhas rusgas, as minhas diferenças com o Prefeito do Rio de Janeiro, mas acho que temos que ser corretos, honestos. É como o meu pai sempre falava: "sujeito homem".
Sexta-feira passada, eu estive com o Eduardo Paes, e tivemos uma reunião muito proveitosa, muito amistosa, muito bacana. Eu queria deixar aqui o agradecimento a ele pela possibilidade de realizarmos os JEBs de 15 a 17 anos. O Eduardo se sensibilizou e abriu as portas da Prefeitura do Rio de Janeiro, ele e o Guilherme Schleder, Secretário de Esportes do Rio de Janeiro. Eles entenderam e querem entrar conosco nessa briga. Faltam alguns poucos detalhes para poder ser feliz e anunciar que essa geração não vai se perder. Essa geração vai ter um espaço para disputar os JEBs de 15 a 17 anos, vamos chamar assim.
Eu peguei um avião aqui em Brasília e fui para o Rio de Janeiro para sentarmos, conversarmos, dialogarmos. É como eu digo: as diferenças ficam de lado quando temos um bem maior, que é o esporte educacional e o esporte brasileiro.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Parabéns, Ministro. Parabéns pela grande oportunidade e grande notícia que nos deu.
Parabéns ao Prefeito Eduardo Paes, o qual tenho orgulho de ter no PSD, o Prefeito que sediou as Olimpíadas na outra gestão. Fico muito feliz que as divergências políticas possam ser colocadas de lado em prol do esporte. Isso é o que enaltecemos e engrandecemos sempre.
Giba, no ano em que fui convocado pelos JEBs, tive o azar de ele ser cancelado, entre 1988 e 1990. Quando vi a tabelinha ali, eu fui procurar, mas passou rápido e eu não vi. Então, eu treinei, e não joguei. É uma tristeza que eu tive, mas tive a oportunidade de jogar os JUBs e fiquei muito feliz com isso.
O SR. GILBERTO GODOY FILHO (GIBA) - Deputado Fábio, eu gostaria que esta assembleia fosse encerrada com estas três medalhas que pertencem a vocês, brasileiros.
Nós lutamos, brigamos e fizemos sempre por vocês. Que esses JEBs tragam mais e mais atletas que possam trazer medalhas como estas para orgulhar o nosso País, assim como foi agora nas Olimpíadas de Tóquio, que aconteceram em 2021, por conta da pandemia.
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Mitidieri. PSD - SE) - Parabéns, Giba! Parabéns pelo que você, a Fabíola e todos os atletas representam para o esporte. Quero agradecer a vocês de coração.
O esporte tem esse poder de unir, de agregar as pessoas. É interessante o que acontece quando participamos de um torneio. Se não é a nossa modalidade, nós corremos para ver a do outro, torcemos pelo nosso companheiro, pelo nosso amigo que pratica outro esporte. E é aquela vibração. A união e a congregação que o esporte gera é muito bonito.
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